domingo, 13 de setembro de 2009

AGRADEÇO E RETRIBUO...


Agradeço os cumprimentos do Sr. Luís Morais e as boas vindas à rede.

Da maneira como o seu Blog reagiu ao aparecimento do meu, quase que poderia entender que eu não tinha direito de cá estar. Ainda bem que não é assim.

Saúdo-o também a si, e agradeço o facto de se dirigir a mim pela primeira vez sem ser a gozar comigo (aparentemente).

Garanto-lhe que não mereço tanto da sua atenção, embora aprecie uma boa piada.

Quanto às suas opiniões e às propostas da CDU que descreve como não cumpridas, na verdade muitas delas já o estão, mas compreendo que ainda não conheça suficientemente bem este Concelho para as identificar.

Vai ter certamente tempo.

Apenas uma nota para a "qualidade" dos textos do João Antunes(?), que confesso não conheço. No texto que se refere a fundos comunitários no âmbito do III QCA, o Sr. referido soma de forma directa os 4 eixos que o compõem e acrescenta-lhe mais uns programas do FEOGA.

Acontece que os eixos 1 e 3 eram de promoção municipal, mas o eixo 2 era para acções especificas em que apenas algumas autarquias podiam entrar (acção de valorização da Zona dos Mármores, acção integrada de valorização do Norte Alentejano, etc), por isso as contas não podem ser feitas assim.

De qualquer forma o erro mais grosseiro, cometido pelo Sr. João Antunes, refere-se ao eixo 4 (Zona de Alqueva). Os muitos milhões que aqui são referidos são apenas acessíveis aos concelhos do PS do regolfo do Alqueva (veja a tal publicação do Governo Civil e verá quais lá estão).

Como vê, a "qualidade" dos textos do João Antunes deixam um bom bocado a desejar e inserem-se numa estratégia mais vasta de ataque ao Concelho de Viana do Alentejo, a mesma que fabrica títulos de Jornal, não sei se no Diário do Sul, se na sede do Partido Socialista.

Independentemente do sitio, a estratégia é única.

Cumprimentos para si também.

Seja qual for a ideia que tem de mim, garanto-lhe que gosto muito de uma boa discussão, mas como falo mais depressa do que escrevo, prefiro sempre que seja cara a cara.

Quando quiser!

14 comentários:

  1. Confesso que me fez dar uma boa gargalhada.

    Obrigado pela deferência ao fazer um post só para me responder, no entanto e embora me tenha esclarecido em relação a fundos comunitários, o que não seria muito difícil visto ser um leigo nessa matéria, fiquei com a impressão de algo correu mal quando elaborou o programa eleitoral á quatro anos atrás. Não acredito que tenha sido feito em cima do joelho sem conhecer antecipadamente se havia condições para tantas promessas, mas como ficou tudo por escrito basta comprovar o que foi escrito e o que foi feito. Por outro lado, como munícipe tenho estado á espera daquelas medidas que não sendo estruturantes são um pilar básico do crescimento de uma vila e da sua comunidade como é o caso dos cascos urbanos primitivos e do seu tratamento, era isto que queria dizer quando falava em expansão urbana das nossas três freguesias de forma equilibrada e harmoniosa a par da recuperação dos centros históricos de Viana, Alcáçovas e Aguiar requalificando a imagem urbana?

    Do que tenho visto isto não foi requalificar, mas sim desqualificar para não dizer tapar com alcatrão. O programa estava bem delineado e o que me parece é que foi esquecido e vilipendiado. Em Aguiar pouco ou nada aconteceu e o que aconteceu para além da limpeza da anta e da ampliação do cemitério, permita-me dizer-lhe que foi sem critério, sem arte e sem engenho como pudemos comprovar pela obra do rossio um emblema deste executivo. Em Viana há realmente um caminho enorme a percorrer se é verdade que há uma quinta da Joana, um pavilhão coberto e umas piscinas recentes, é também verdade que Viana está feia, o centro histórico está mal cuidado, as vias de comunicação que atravessam a vila comprometem a segurança dos peões e dos moradores e tudo isto compromete o futuro de Viana enquanto pólo aglutinador de população que procura um local com qualidade de vida num concelho com aptidões rurais e com uma boa qualidade ambiental, já me tenho perguntado: - Qual é o plano?

    Essa coisa de construir ao longo da estrada já foi comprovada como uma má solução, para quando uma circular e um plano para preencher o circulo com critério?

    Aposto que era um bocadinho disto que pensava quando elaborou o programa eleitoral e lá colocou as palavras “uma gestão democrática, inovadora, aberta e participada e quando decidiu fomentar a dinâmica popular motivando a participação dos munícipes na vida das autarquias”. No entanto nada disto aconteceu e o executivo parou durante praticamente 3 anos fechado sobre si próprio com as suas lutas internas. O boletim municipal foi tudo menos um prestar de contas periódico a toda a população sobre a actividade desenvolvida, mostrou alguma actividade (pouca), mas prestou muito poucas contas.

    Como já comentei anteriormente muito ficou por fazer e é mesmo bastante mais fácil dizer o que se fez.

    Não hão-de faltar ocasiões para uma boa discussão se assim o achar útil.

    Gostava no entanto de deixar claro que eu não gozo nem gozei consigo, gosto realmente de brincar e de escrever alguns textos mais irónicos bem como de caricaturar algumas situações e o Estevão é de certa forma a personificação do município de Viana, pena que não tenha bigode ou barba para me facilitar a coisa.
    Bons alcatroamentos.

    Luis Pedro Morais

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  2. Pena tenho eu por não ter uma famelga de 30 pessoas...
    Vais desculpar-me, mas tenho que te contar uma história:
    Para Xavier Cancela, o 25 de Abril aconteceu porque, simplesmente, a notícia passou na rádio. Tem até uma filosofia engendrada que bate mais ou menos assim:
    - Um rádio dá sempre muito jeito em casa. Com ele, seja qual for a sintonia, se adormece e se acorda, se consegue um interlocutor disposto a mudar de conversa, se for esse o propósito, pronto a calar-se e até a ouvir as nossas diferenças de opinião, sem contestar. Mas é no momento do noticiário que um rádio se torna realmente um companheiro. Primeiro aquele pi, pi, pi, a avisar que algo de importante, àquela hora exacta, é notícia. Depois a ênfase do jornalista, a sua voz colocada é de oiro e jamais pode mentir uma voz assim.
    Não o via desde que, por um qualquer desentendido, naturalmente asséptico e sem consequências de maior, vai para mais de dez anos. Depois ausentou-se e por fora andou até à data.
    Ao princípio nem o reconheci, mas o alarido do seu cumprimento foi de tal ordem, que logo deu para lhe tirar o retrato.- Por cá!?
    Gritou, eufórico, o Xavier, acrescentando às palavras uma valente palmada nas minhas costas.
    - Por cá, digo eu, ora essa!
    Respondi-lhe para por as coisas nos seus lugares.
    - É uma maneira de dizer, pá... Entre aspas, tás a ver?
    Bom, estava a ver muito bem, sim senhor. Entre aspas, sic, idem, ibidem. O homem falava de ouvido (entre aspas, está claro), fruto talvez da sua paixão de sempre ou coisa nenhuma, que podia eu saber dele se há tanto tempo o não enxergava?
    O certo é que, com testemunhas, para mal dos meus pecados, logo ali me convidou para um copo em sua casa.
    Fui. Permitam que diga de outra forma: não encontrei argumentos plausíveis ou sequer uma expressão facial capaz de denunciar alguma incompatibilidade. Pelo caminho fui deitando água na minha própria
    fervura, que é como quem diz: tentei os actos de contrição que no momento me pareceram mais adequados.
    Em primeiro lugar porque, contrariamente à minha relutância, o convívio com pessoas como o Xavier propicia naturalmente um momento de fuga, de evasão, e só pode fazer bem, pelo menos à massa cinzenta. Não sei mesmo porque não se organiza um dia, à semelhança de tantos outros, de homenagem e preservação dos Xavieres. Ao fim e ao cabo, são eles e mais ninguém quem passa por esta vida com a leveza do algodão que não engana no anúncio, enquanto outros levam a vida com as mãos untadas de detergente e a partir as unhas nos azulejos. Coisa estranha: parece até que me invadiu o apetite e agora teria respondido sim ao convite, sem pestanejar.
    (continua no com. seguinte)

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  3. (continuação)
    A verdade é que ia a caminho e sobre isso não tinha dúvidas. Que mal fará beber dois ou três uisques, ouvir as meias verdades das aventuras do Xavier, suportar nas costas umas palmadas de mão cheia, se a conversa ganha entusiasmo. Que mal há nisso?
    Encostei o ouvido à porta antes de premir o botão da campainha.
    - Maldito preconceito o meu!
    Balbuciei irritado com o meu próprio comportamento.
    Seria o último a chegar, a avaliar pelo alarido e tilintar de copos que se ouvia.
    - Pensei que não viesses.
    Atirou-me o Xavier, enquanto desviava com a língua os restos de aperitivo colados aos dentes da frente, e acrescentou:
    - Entra, entra. Ainda agora a procissão vai no adro...
    Entrei. Fiz um cumprimento geral para não incomodar quem comia com as mãos. Após o pequeno instante da retribuição, todos voltaram ao fio da conversa, que por minha causa tinham interrompido.
    A mesa da sala era um santuário de bebidas e pratos com aperitivos diversos. Nada aparentemente estava em seu lugar, excepto a televisão, inexplicavelmente acesa, mas sem que alguém lhe prestasse um pingo de atenção.
    - Põe-te à vontade, pá. Serve-te. Estás em tua casa.
    Disse o meu amigo com amabilidade alarve.
    - Não te preocupes – respondi – eu desenrasco-me.
    Fui saltando de conversa em conversa nos intervalos possíveis das histórias sem fim que o Xavier aproveitava para descarregar em cima de mim.
    Honra lhe seja feita, de nada fala que não esteja já comprovadamente testado em conversas ou noticiários passados, pois de contrário são filosofias, como costuma dizer.
    Mais do que a sala, à medida que o tempo passava e as garrafas atingiam níveis muito abaixo do meio, toda a casa ia ficando devassada. Ora porque o Xavier teimava em mostrar o exaustor recentemente adquirido para sugar como nenhum outro os fumos da cozinha, ora porque o despertador, em cima da mesinha de cabeceira, além de rádio, claro, tinha música autónoma capaz de acordar um morto, e lá iam todos ver as últimas maravilhas da tecnologia, apresentadas em primeira-mão pelo pródigo anfitrião.
    Numa dessas excursões, pedi licença para ir à casa de banho. A bexiga não entende de conversas e sempre que fisicamente já não tem capacidade para os líquidos destilados, dá sinal e não há mais remédio.
    Levantei o tampo da sanita, como é meu hábito, e assim aliviei a carga dos azotos e misturas que me apertavam. Quando em seguida me dirigi ao lavatório, princípio de higiene que também prezo nestas ocasiões, não ganhei para o susto com o inesperado sinal horário das vinte e duas horas, vindo algures da parede, sem que tivesse tocado em qualquer botão, excepto, claro está, o da torneira.
    Já de novo na sala, mas ainda não refeito do susto, perguntei ao dono da casa que raio de geringonça era aquela.
    - Nada de especial. – Disse, segurando o riso na barriga – É um pequeno rádio com um sensor, que liga quando se aproxima gente.
    - Mas...
    Ia eu perguntar para quê ou talvez estivesse apenas atónito e não quisesse saber mais coisa nenhuma, quando o Xavier Cancela concluiu:
    - De manhã, quando estou a fazer a barba, não preciso incomodar-me: o rádio começa a deitar as notícias cá para fora. Agora supõe que não tinha o tal sensor e eu me esquecia de o ligar.
    - Sim. E daí?
    Queria eu saber que mal vinha ao mundo se o rádio ficasse mudo como o dono, enquanto este fizesse a barba.
    - E daí?... Tu já imaginaste acontecer uma revolução como a do 25 de Abril, que foi de madrugada, um tipo sai à rua e está noutro país sem saber?
    Felizmente ainda há gente, como o Xavier, para quem é tão importante saber de véspera.
    Mas há os que não sabem sequer quando é véspera para ficarem de atalaia e, quando dão por si, falam de cor sobre um mundo irreal que continua a povoar as suas delirantes massas cinzentas.

    Não é dos piores, o Xavier…

    Abraço
    João

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  4. Pois não, não é dos piores, o Xavier.
    Se fôr mesmo preciso, até deixo crescer um bigodinho, embora um pouco contrariado.
    Cumprimentos

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  5. Já sabia que era poeta, porém agora surpreendeu-me nesta faceta de contador de histórias.

    É bonita esta história do pobre Xavier e da futilidade da sua vida cheia de coisas que não valem nada, afastado da realidade vivia num mundo de fantasia alimentado pelas notícias do seu rádio inteligente. Alimentado á base de noticias inquestionáveis e publicidade muitas vezes duvidosa o Xavier construiu uma vida e uma realidade próprias de alguém que se esqueceu da vida. Baseado no pouco que sempre ouviu limitou a sua mente ao ponto de se esquecer de colocar em duvida algo que saísse daquele rádio inteligente. Isto era algo que já tinha visto em casa dos pais e dos tios que viviam ainda com os primos na casa ao lado da sua, e que mais tarde pude constatar ser um hábito de toda uma comunidade.
    Sempre que o rádio emitia o sinal sonoro, todos faziam silêncio para ouvir a voz da verdade, aquela a que todos se habituaram geração após geração.
    Estranhamente ninguém sequer colocou a questão de mudar de frequência. Mas também para quê se já tinham a sua vida adaptada aquele horário, aquelas noticias e aquela musica.
    É verdade que quando cheguei aquela povoação estranhei, habituado que estava a ouvir as diversas frequências de rádio, no entanto respeitei e a pouco e pouco fui descobrindo algumas pessoas que quase na clandestinidade ouviam outras frequências. De um dia para o outro começamos a conversar sobre outras músicas e outros noticiários e da monotonia que esta frequência que o Xavier e a sua comunidade teimavam em continuar a ouvir, havia dias que já só fazia interferência, no entanto no delírio da saudade nunca ousaram mudar de estação.

    Depois mudou um e outro, alguns ouve que elevaram o volume e a mudança começou. Hoje já toda a gente muda de estação, porém na casa do Xavier e da família do Xavier a vida continua a ser marcada ao som da velha concertina tocada no velhinho rádio.
    “Felizmente ainda há gente como o Xavier para quem é tão importante saber de véspera” a frequência que vai ouvir amanhã.

    Acorda Xavier, acorda!

    A outra história do Xavier, aquela que passa nas outras estações.

    Um abraço

    Luis Pedro Morais

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  6. Oh Luis Pedro deves ser Engº porque se fosses como o Xavier......
    Aí se fosses como o Xavier!

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  7. Sr. Presidente

    Qual a sua opinião sobre o desejo do Viana em arrelvar o campo de jogos? Como pai de um atleta da VianaFut, lamento que o nosso concelho mais uma vez fique na cauda do desenvolvimento. Fala-se de muita coisa, que o campo é do Sporting, mas será só essa a razão ou haverá má vontade? Olhe em redor e veja quantos campos já existem

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  8. Caro Sr.
    Agradeço a atenção dada a este assunto. Pode consultar mais informação em http://polvorosa.blogs.sapo.pt/77292.html
    Bem vindo pois à blogosfera.

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  9. O Peixe banana tal como a familia do Xavier vai continuar a ouvir a mesma frequencia. E cá para mim até vai começar a gostar. Deixa lá ver se daqui a 4 anos já nem se lembra que um dia pensou que mudar seria bom. Como é novo cá no burgo, quando conhecer melhor determinadas pessoas será o proprio a mudar a frequencia do rádio e a ouvir a de sempre.

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  10. Sem querer empolar o que não empola, permite, meu caro Estêvão, que deixe aqui uma pequena nota, relativamente ao texto de Luis Pedro Morais, que não conheço.

    É apenas sobre os "à quatro anos atrás" do texto do citado comentador.
    É que além de escrever poemas e textos destes, também me irrita a pituitária que se trate mal a língua.
    Uma coisa são as gralhas e, outra muito diferente, os erros ortográficos. O meu avô materno sempre me dizia: "aplica-te na gramática, rapaz, que se não escreveres bem, dificilmente pensarás bem". Tenho pugnado por isso.
    Ora então, o "à" é relativo ao verbo haver e portanto escreve-se com agá. Já quanto aos quatro anos atrás, é outra pecha de utilização (indevida) mais universal. É algo a que gramaticalmente se chama erro de tautologia, isto é, um pleonasmo "coloquial" como são, por exemplo,o "encarar de frente",o "planear antecipadamente" ou a "surpresa inesperada".
    Ligando tudo isto com o texto comentátio já aludido, faço votos (isto é sentido figurado, não me julgue mal)apelo a que, de tão atento que está ao ponteirinho, não desdenhe a verificação dos megahertz.

    Atenciosamente,
    João Teixeira

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  11. Cauro sinhor Joaum de sousa teicheira;

    ates de maiz, agradesso a atenssão que deu ao meu conmentario, pesso desculpa pelos erros, mas eu só percebo de rebocos.

    Com uma palmadinha nas costas

    Luis Pedro Morais

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  12. Eu pensei que o sr. era analfabeto,pois porque andam por ai muitos á solta.Força Estevão,dia 11 lá estaremos contigo.VIVA a CDU

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  13. força camarada estevao ja tens o meu voto o jantar da tua campanha fui brilhante e posso dizer que enchemos a quinta do cerado e fui ate as tantas com a cdu com todo a confiança
    viva a cdu um braço da camara que ando ajudar nas ruas da vila no sabado conta comido na sexta feira rosalia magoito

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