Como seria de esperar após o meu escrito sobre o que (não) se faz neste Concelho, uma boa parte da matilha de anónimos veio em socorro do macho alfa.
Em boa hora reforcei as proteções nas canelas e calcei umas botas impermeáveis caso contrário ainda teria que falar com alguém para me reforçar as imunidades antirrábicas.
Vieram os habituais, vieram os de sempre, vieram os de hoje e até vieram os aspirantes a qualquer coisa.
Fico sempre muito agradecido com o "carinho" com que me brindam.
Porque será que são anónimos?
Quanto aos meus tempos de responsável na Câmara Municipal certamente deixei muita coisa por fazer.
Quanto ao atual projeto de recuperação do centro histórico de Viana, o Partido Socialista na Câmara de Viana do Alentejo e os seus responsáveis aplicaram a máxima que diz que a melhor defesa é o ataque e vai dai criticam intervenções minhas feitas no passado e dizem que hoje a área de intervenção é muito maior.
Estão a tentar ocultar que a Recuperação do Centro Histórico de Viana, na verdade, trata-se de uma intervenção diminuta, limitada a pouco mais do que a Praça da Republica e umas ruas laterais.
O largo de São Luís e a envolvente ao Castelo não são intervencionados.
O Projeto chuta para uma 2ª fase esta área e muitas outras que já hoje deveriam constar.
Não vai ser alterado nada na circulação rodoviária
Não vai ser alterado nada no sistema de recolha de lixos, nomeadamente a substituição nesta área intervencionada dos contentores existentes por outros enterrados no pavimento.
Não vão ser criadas zonas de circulação preferencial para peões e veículos não motorizados.
Estes sucessivos "nãos" correspondem a opções políticas do atual executivo Socialista. (Já estou a ver os links para a minha votação a favor, apesar destas fraquezas no projeto).
Um ponto positivo foi ter sido mantido a equipa projetista já escolhida no anterior mandato para o desenvolvimento do projeto. Se assim não fosse penso que os desmandos seriam ainda maiores.
Quero deixar uma última nota para reflexão, quando é recorrentemente afirmado que as coisas antes é que eram boas e hoje são muitos más.
O apoio de fundos comunitários a projetos municipais é hoje largamente superior ao que foi no passado, em qualquer tempo e em qualquer programa comunitário.
No passado a taxa máxima de comparticipação que se podia ambicionar era de 70% a fundo perdido e mesmo assim, raramente se atingia esta taxa.
Para terem uma ideia, durante todo o ano de 2011, as taxas de comparticipação foram de 85% a fundo perdido e fala-se mesmo que em 2012 poderão ser de 90 ou até de 95%.
Significa isto que com uma percentagem muito pequena de capital próprio (e felizmente a Câmara tem mais do que suficiente) é possível executar projetos de grande dimensão e importância para a população do nosso Concelho e em condições mais favoráveis do que nunca.
As condições existem, assim as pessoas se preocupem mais com o presente e com o futuro, o deles e o de todos nós.
Era isso que se esperava.