segunda-feira, 21 de junho de 2010

CUL ARTES - FESTA DE FINAL DE ANO




Gostei muito de ver a festa da Cul Artes.

Despretensiosa, intimista e com visibilidade para todos os "artistas", a festa foi fundamentalmente para os familiares dos alunos que frequentam a escola de música e o coro da Cul Artes.

Despretensiosa, sim.

Os alunos foram ao palco mostrar as suas evoluções nas aprendizagens ao longo de mais um ano de trabalho com os Professores, com a natural timidez e acanhamento que a exposição pública em regra impõe. Dos que apenas agora chegaram e estão a dar os primeiros passos na música aos que já contam diversos anos de experiencia e obviamente já "enchem" o palco com as suas actuações, todos sem excepção, arrancaram grandes aplausos à assistência presente.

Gostei muito de ver a minha filha já com bastante jeitinho tal como gostei de ver todos os outros que mostraram o que sabem fazer.

Nem todas as "actuações" foram perfeitas e aqui e ali estalava uma nota fora de sítio, uma pausa e o novo arranque motivados pelo excesso de nervos, ou uma garganta um pouco mais desafinada.

Mas ninguém percebeu, ou melhor, ninguém quis saber.

As pessoas que ali estavam foram ver os seus queridos e queriam ver o que eles sabem fazer.

E viram.

O que eles ainda não sabem fazer, no próximo ano será certamente trabalhado com os professores.

Bom trabalho realizado por todos e estão todos de parabéns.

Boas férias.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

MORREU JOSÉ SARAMAGO




Morreu José Saramago.

Agora que está definitivamente "Levantado do Chão", talvez seja hora de Portugal se reconciliar com uma das suas figuras mais marcantes no panorama cultural.

Com seriedade.

Se for com falsos consensos, mais vale ficarem sossegados.

O conceito de tempo, ou de tempos, ficam bem marcados nas várias vidas de cada vida e com a certeza que os tempos também se acabam. Acabou o tempo de vida de Saramago, o tempo da figura e da obra ainda agora está a começar.

Corajoso e frontal, sábio e controverso, Saramago é um marco cultural de Portugal.

Até sempre, camarada!

terça-feira, 15 de junho de 2010

O PLANO REGIONAL DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO (PROT) DO ALENTEJO




Há uns meses atrás, em entrevista ao jornal Diário do Sul, falei de um problema que considerava e considero da maior relevância estratégica para o Concelho de Viana do Alentejo, o Prot.

Basicamente o que pensava e penso, é que o Prot vai ser um dos grandes contributos para o "apagamento" de grande parte do Alentejo e o nosso Concelho está incluído nessa zona.

Na altura, tudo o que disse passou ao lado, porque um título de jornal que penso ter sido "fabricado" pelas hostes Socialistas, capitaneadas pela omnipresente Fernanda Ramos, tratou de absorver todo o conteúdo que a entrevista tinha.

O Prot é um vasto documento que está na eminência de ser aprovado (espero e desejo que contra a vontade da Câmara de Viana), e quando o for, os Planos Directores Municipais, em vigor ou em elaboração, deverão incorporar em si, as regras que o Prot define.

Deixo apenas duas áreas, das muitas que merecem repudio, em que o Concelho ficará de fora do caminho do desenvolvimento.

As áreas de desenvolvimento económico, zonas ou parques empresariais, ficam limitadas aos "eixos de desenvolvimento estratégicos" que o Prot define.E nós estamos de fora.
Alguns Municípios estão a "acelerar" os seus projectos empresariais para tentar que sejam aprovados antes da entrada em vigor do Prot porque depois, já não o poderão fazer!

Uma segunda questão prende-se com a construção dispersa em áreas agrícolas.

No Concelho de Viana, o pequeno cadastro tem um peso muito grande e nas zonas próximas das Vilas do concelho, existem centenas (CENTENAS), de hortas e fazendas que ao perderem as suas capacitações de produção agrícola, o valor acrescentado que podem ter é o da construção urbana.
Uma das regras deste Prot, fará com que apenas os agricultores (comprovadamente com rendimentos agrícolas), possam construir habitação e mesmo nesses casos apenas em propriedades com dimensão superior a 4 hectares (admitindo-se uma excepção, em certos casos, para 2 hectares).

Temos dúvidas sobre o que irá acontecer aos terrenos de dimensões inferiores?

Provavelmente será o abandono total, porque os seus proprietários, confrontados com a não viabilidade agrícola, com a impossibilidade de construção urbana e a consequente desvalorização dos mesmos, vão deixá-los para a natureza e, em pouco tempo, os matos tornar-se-ão dominantes.

Quando chegar o verão, os mais que prováveis incêndios vão periodicamente "limpando" o mato, com os custos financeiros e sociais que sabemos estarem associados a essas situações.

Estas questões que coloco são apenas pontas de icebergs que navegam nestas águas do Prot, tal como está redigido.

Esta "ilha" como gostaram de apelidar em tempos em que isso deu jeito, é do tamanho de boa parte do Alentejo, e não do concelho de Viana do Alentejo.

Agora que as autárquicas passaram, é tempo de vermos as coisas com os olhos correctos e tentar combater aquilo que nos é prejudicial enquanto comunidade.

Quem quiser perceber a dimensão da "coisa" pode ver aqui, ou então pode fazer de conta que isto não é connosco, mas mais tarde, não nos poderemos queixar.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A SÉRIO?




A vida por vezes é curiosa.

Vejo escrito por aí (agora como vou falar no assunto se calhar vão dizer que nunca escreveram), que eu devia assumir o meu mandato como vereador da Câmara Municipal de Viana do Alentejo.

Como é óbvio, esse é um assunto que apenas a mim e ao meu partido (é verdade, continuo a ser militante comunista) diz respeito e quando chegar à altura certa será devidamente tratado.
Tal como foi para outros eleitos de outros partidos, quer em mandatos anteriores, quer já no actual mandato.
Ainda não vi ninguém referir esse assunto, como se a suspensão ou renuncia a mandatos autárquicos fosse algo que apenas agora foi descoberta e no entanto o histórico já vem de longe.

Para não falar de casos locais e autárquicos (apesar de termos muitos), pergunto a quem estiver a ler este texto se ainda se lembram que deputados elegeram pelo Distrito de Évora para a Assembleia da República e se sabem quem são actualmente os seus deputados.

Pensem bem!

No meio de tudo, o que me parece mais curioso, é que uma boa parte das pessoas que agora parecem defender que eu devia voltar à Câmara, são os mesmos que defendiam que eu devia de lá sair enquanto lá estive.

E, se calhar, ainda esperam ser levados a sério. Será mesmo?

segunda-feira, 7 de junho de 2010

COMO É POSSIVEL?




Como é possível que as televisões que viram a "multidão" que esperava a nossa selecção na África do Sul, não tenham visto aquele "conjunto de pessoas" que ainda recentemente se manifestou na avenida da liberdade em Lisboa?

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O CONCELHO QUE NÃO EXISTE?- AMCAL





O CONCELHO QUE NÃO EXISTE? PARTE IV de IV

Com muita frequência, muita mais do que o bom senso recomendaria, aparece escrito na blogosfera local uma ideia que para além de ser falsa contem em si todo o fundamentalismo de um sector de quem escreve e/ou comenta nos Blogues, que parece com ela concordar: NO CONCELHO DE VIANA NÃO SE FEZ NADA EM 16 ANOS EM QUE EU FUI ELEITO NA CÂMARA MUNICIPAL.

É uma afirmação tão absurda que por si só deveria repelir toda e qualquer pessoa de bom senso, o que me parece que acaba por acontecer.

Quero apenas deixar uma nota escrita, com nomes, de algumas das coisas que a Câmara de Viana, nestes 16 anos, no dizer de algumas pessoas, supostamente não fez.

Foi a Câmara e não eu.

Tentei ao longo dos anos dar o meu contributo para que elas fossem possíveis, integrado numa equipa muito maior do que eu.

Foram fruto de muitas alegrias e também de muitas frustrações, de muito trabalho e dedicação por parte de muita gente e é também por todos eles que se impõe este esclarecimento.

Apenas tenho a pretensão de afirmar que algumas coisas se fizeram e que, provavelmente, mesmo as pessoas que escrevem o contrário, não conseguem viver no seu dia-a-dia sem usufruírem de alguma forma desses mesmos investimentos.

EM PARCERIA – AMCAL
- Reforço do Abastecimento de água a partir da Barragem do Alvito
-Novo reservatório de água em Viana
-Nova conduta de Agua para Aguiar
-Aterro sanitário
-Selagem das Lixeiras
-Recolha selectiva de resíduos
-etc.
Deixo apenas mais uma nota final neste texto que já vai longo, para uma relação de projectos em carteira na Câmara Municipal e que apontavam um rumo por onde eventualmente, se poderia seguir.

PROJECTOS EM CARTEIRA – MAIS RELEVANTES
- Centro escolar de Viana
-Piscina coberta de Viana
-Rotunda junto ao Eco marche
- Biblioteca de Viana
-Pavilhão Multiusos da Srªa Daires
-Jardim do Altinho
-Entrada junto ao estaleiro passeios e pluviais
-Espaços verdes em diversos loteamentos urbanos
-Pavilhão coberto de Aguiar
-etc.
Numa frente de trabalho como é o poder local, há sempre uma infindável quantidade de tarefas para fazer e os recursos nunca são suficientes para responder a todas.
Respondemos às que conseguimos e sabemos que muitas não conseguimos resolver, mas também, como se prova pelos textos que escrevi, muitas ficaram feitas.
A população das nossas terras sabe ou não sabe, mas como todas as obras têm nome, não será difícil localizá-las, apenas para quem o quiser fazer.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

PARECE MESMO BARALHADO!



O Sr. responsável pelo Blogue polvorosa, enveredou por caminhos que obviamente não conhece, não domina e que o expõem ao ridículo, apenas porque não poderia responder à ÚNICA questão que era colocada por mim no Post que fiz, referente à falta de coerência deste senhor, comparando o que dizia em 2008 e o que fez agora na votação em assembleia municipal, onde é eleito.

Dispara uma magna pergunta : Porque avançou a Câmara com estes pedidos de empréstimo se não utilizou o dinheiro? Resposta : Porque podia! Estes e outros.

Estava em vigor na altura uma "coisita" que se chamava Rateio e que permitia que municípios com fraco endividamento, como Viana do Alentejo, pudessem ter acesso a empréstimos bancários enquanto outros, a maioria, porque já estavam endividados, não tinham acesso a mais dinheiro.

A Câmara de Viana avançou porque podia avançar e, ainda que tal dinheiro não fosse necessário, não havia problema nenhum.
Se não fosse usado, como veio a acontecer, não se ficava a dever nem tinha qualquer custo.

Parece básico não é? E é mesmo básico.

Moral da história. Quando algumas pessoas andavam a dizer que a Câmara estava endividada e a esgotar a sua capacidade de endividamento, era mentira. Os empréstimos autorizados e não utilizados demonstram isso mesmo.

O Sr. tece depois um conjunto de reflexões sem nexo nem fiabilidade no que toca a financiamentos comunitários e afirma que quando se avançou para a obra já se sabia que não havia fundos comunitários.
Sabíamos isso desde há vários anos quando a Câmara se candidatou pela primeira vez e o projecto não foi aprovado.
Nessa altura foi afirmado que iriam ser criadas condições para avançar com recursos próprios mas que a obra iria ser construída.

E foi!

Entre um tempo e outro o PS e o PSD apenas diziam que "está em programa eleitoral mas nunca mais se faz".

Provavelmente nesta altura o Sr. do polvorosa ainda não sabia onde era o Concelho de Viana do Alentejo.

Foi feito exactamente como se disse.

Avançou-se para a obra apenas com recursos próprios e sem nunca se perder a esperança de, mais à frente no processo, se poder voltar a tentar uma candidatura aos fundos comunitários.

Por uma grande incompetência governamental na gestão dos fundos do QREN, existe hoje uma desesperada necessidade de justificar despesa executada.

A grande ironia de tudo isto é que, provavelmente no curto prazo, a piscina vai mesmo ser financiada, como sempre pensámos que poderia vir a ser.

Mas se isso acontecer o Sr. Polvorosa vai dizer que é fruto da capacidade da gestão actual, e vai ignorar uma parte dos factos: A piscina está mesmo construída, apesar da vontade de muitos que tal não tivesse acontecido.

Por fim, falar das piscinas cobertas e do pavilhão de Aguiar, de quem não tem nem nunca teve a menor ideia de os construir, até lhe fica mal.

Só quero clarificar mais uma coisa.

Não há impedimento de recorrer ao crédito bancário para co-financiar projectos que estejam aprovados com fundos comunitários.

Os projectos aprovados até final deste ano de 2010 terão um financiamento comunitário de 80%.

Contínua em vigor uma regra comunitária que todos os promotores, nomeadamente as autarquias terão que garantir no mínimo 10% de cada projecto.

Significa isto que os empréstimos bancários podem ser no máximo de 10% para cada projecto.

Estamos entendidos? Parece fácil fazer as contas.


O atraso de alguns projectos e obras que deveriam ter acontecido e não aconteceram no mandato anterior, foi devidamente explicado em tempo.

A explicação não deve ter sido feita de forma competente e isso terá tido também a sua parte de responsabilidade na derrota Autárquica em Outubro.

Mas isso passou. Ficou lá atrás.

Quem ganhou ganhou e deve governar. Quem perdeu perdeu e deve dar os seus pontos de vista, sabendo que a decisão não lhe cabe a si.

Mas tem direito aos seus pontos de vista, quer o Sr.Polvorosa queira quer não!


Post Sriptum: Nem no texto anterior nem neste que agora edito, emiti qualquer opinião sobre a opção do executivo de retomar este processo de empréstimos. É legítima e apenas aos eleitos compete tomar tal decisão.
Apontei e aponto as faltas de coerência de certas personagens, que não hesitam em recorrer à falta de verdade para sustentarem a suas posições insustentáveis.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O CONCELHO QUE NÃO EXISTE? ALCÁÇOVAS




O CONCELHO QUE NÃO EXISTE? PARTE III de IV

Com muita frequência, muita mais do que o bom senso recomendaria, aparece escrito na blogosfera local uma ideia que para além de ser falsa contem em si todo o fundamentalismo de um sector de quem escreve e/ou comenta nos Blogues, que parece com ela concordar: NO CONCELHO DE VIANA NÃO SE FEZ NADA EM 16 ANOS EM QUE EU FUI ELEITO NA CÂMARA MUNICIPAL.

É uma afirmação tão absurda que por si só deveria repelir toda e qualquer pessoa de bom senso, o que me parece que acaba por acontecer.

Quero apenas deixar uma nota escrita, com nomes, de algumas das coisas que a Câmara de Viana, nestes 16 anos, no dizer de algumas pessoas, supostamente não fez.

Foi a Câmara e não eu.

Tentei ao longo dos anos dar o meu contributo para que elas fossem possíveis, integrado numa equipa muito maior do que eu.

Foram fruto de muitas alegrias e também de muitas frustrações, de muito trabalho e dedicação por parte de muita gente e é também por todos eles que se impõe este esclarecimento.

Apenas tenho a pretensão de afirmar que algumas coisas se fizeram e que, provavelmente, mesmo as pessoas que escrevem o contrário, não conseguem viver no seu dia-a-dia sem usufruírem de alguma forma desses mesmos investimentos.

ALCÁÇOVAS
- Passeios da Rua da Esperança e São Pedro
-Loteamento do Chão do Mocho
-Electrificações
-Arruamentos
-Casa Mortuária
-Escola Básica integrada de Alcáçovas (em parceria com o Ministério da Educação)
-Novos colectores domésticos de esgotos e pluviais e arranjos de passeios
-Novo reservatório de Agua em Alcáçovas
-Caminho Municipal 1116 – estrada do Cemitério
-Pavilhão desportivo Coberto de Alcáçovas
-ETAR da zona Sul
-Estação elevatória da Laje
-Sistema de Rega e Iluminação no Jardim de Alcáçovas
-Ampliação da Delegação da Câmara em Alcáçovas
-Piscina de Alcáçovas – Obra em execução
-Aquisição do antigo cinema e todo o bloco de terreno envolvente
-Biblioteca
-Posto de Turismo
-Sala Multiusos no Centro Cultural
-etc.


Se isto que escrevi, com nomes para que todas as pessoas se assim o quiserem, puderem mais facilmente identificar, é verdade, e é, então a ideia que não se fez nada tem que cair por terra.

Não pretendi ser exaustivo na referência às obras mas apenas deixar algumas das que considero mais importantes.

Apenas referi acções materiais, construções mesmo, porque parece haver pessoas para quem apenas estas são importantes.

Já agora, apesar de não serem "obras", quero afirmar o meu enorme orgulho por, de alguma forma ter contribuído para a Criação da Romaria a Cavalo, a Mostra de Doçaria e a Festa da Primavera, que espero e desejo possam durar por muitos e bons anos.

Ainda continua a pensar que este Concelho não existe?